Karl Marx - O Capital (Capítulo I - A Mercadoria)
1
- Por que em Marx tudo por ser considerado mercadoria?
Marx
define mercadoria como qualquer coisa cujas propriedades podem suprir
as diversas necessidades que o homem possui, independente de onde se
originam tais necessidades ou como elas são saciadas, seja como
objeto de consumo ou indiretamente como meio de produção. A
mercadoria é “composta por dois fatores: valor de uso e valor de
troca”. Valor de usou pois suas qualidades a tornam útil para
satisfazer as necessidades humanas, valor de troca pois possui uma
relação quantitativa, um preço, do objeto em relação à
outros.[1][2]
Para
Marx, tudo pode ser considerado mercadoria, desde que essa coisa
possua esses dois valores descritos, podendo ser vendida ou trocada
no mercado. Até “a força de trabalho é uma mercadoria”, no
entanto ela “tem características peculiares: é a única que pode
produzir mais riqueza do que seu próprio valor de troca.”[1][2]
Para Marx, a base de toda sociedade humana é o processo de trabalho que consiste nos seres humanos cooperando entre si para fazer uso das forças da natureza e produzirem bens que satisfazem as suas necessidades. O produto do trabalho, no entanto, deve satisfazer algumas necessidades, ser útil e é a isso que Marx atribui o termo Valor de uso, ou seja, o valor de um produto se assenta sobre a sua utilidade específica.[3]
3 - O que é valor de troca?
Na ótica do capitalismo todos os produtos do trabalho tornam-se mercadorias que não tem apenas valor de uso, mercadorias são feitas para serem vendidas no mercado, trocadas, dessa forma cada mercadoria possui o seu valor de troca. O valor de troca consiste na “relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outro tipo". (O Capital vol.1).[4]
Ao contrário do valor de uso, que deve satisfazer alguma necessidade especifica, o valor de troca é simplesmente o montante, direto ou indireto pelo qual uma mercadoria poderá ser trocada por outra.
4 - Relacione o valor de uso e o valor de troca ao trabalho humano concreto e ao trabalho humano abstrato.
O Trabalho Abstrato é constituído pelo tempo gasto socialmente necessário na produção de uma mercadoria e é ele que determina seu valor de troca.
"... tanto menor o tempo de trabalho exigido para a produção de um artigo, tanto menor a massa de trabalho nele cristalizado, tanto menor o seu valor” (MARX, 1988, p. 49).
O Trabalho Concreto (ou Útil) é aquele que depende da habilidade humana que possui um fim particular, e é o que define o valor de uso.
“No conjunto formado pelos valores-de-uso diferentes ou pelas mercadorias materialmente
distintas, manifesta-se um conjunto correspondente dos trabalhos úteis diversos, - classificáveis por ordem gênero, espécie subespécie e variedade,- a divisão social do trabalho (MARX, 1989, p.49)”. [5][6]
O Trabalho Abstrato é constituído pelo tempo gasto socialmente necessário na produção de uma mercadoria e é ele que determina seu valor de troca.
"... tanto menor o tempo de trabalho exigido para a produção de um artigo, tanto menor a massa de trabalho nele cristalizado, tanto menor o seu valor” (MARX, 1988, p. 49).
O Trabalho Concreto (ou Útil) é aquele que depende da habilidade humana que possui um fim particular, e é o que define o valor de uso.
“No conjunto formado pelos valores-de-uso diferentes ou pelas mercadorias materialmente
distintas, manifesta-se um conjunto correspondente dos trabalhos úteis diversos, - classificáveis por ordem gênero, espécie subespécie e variedade,- a divisão social do trabalho (MARX, 1989, p.49)”. [5][6]
5 - O que Kalx Marx chama de "fetichismo da mercadoria"?
Fetichismo é o fato de que as coisas recebem propriedades que não são delas, que são distribuídas a partir das relações da sociedade.
"O fetiche da mercadoria, postulado por Marx, opõe-se à ideia de valor de uso, refere-se unicamente à utilidade do produto. O fetiche relaciona-se à fantasia que paira sobre o objecto, projetando nele uma relação social definida, estabelecida entre os homens."[8]
6 - Qual a relação entre "fetichismo da mercadoria" e trabalho social?
Existe uma relação direta entre o fetichismo
da mercadoria e o trabalho social, pois “os
objetos uteis só se tornam mercadorias porque são produtos de trabalhos
privados, executados de maneira independente entra os produtores, e a soma
desses trabalhos privados constituem o trabalho social.[10]” Observa-se que
somente há o contato social entre os produtores quando existe a troca entre
seus produtos (visto que a soma dos produtos privados constituem o trabalho
social), e isso mostra que as relações entre os produtores não são relações
sociais entre os próprios trabalhadores, mas sim como uma relação material entre
as pessoas e uma relação social entre as coisas, caracterizando o fetichismo da
mercadoria.
7 - Descreva um exemplo atual que expresse o que Marx denominou de fetichismo da mercadoria
Marx mostra como o homem estava tratando as mercadorias (sapatos, bolsas, etc.), estas, que com o tempo deixaram de ser um produto estritamente humano para tornarem-se objeto de adoração, a mercadoria deixa de ter a sua utilidade atual e passa a atribuir um valor simbólico, quase que divino, o ser humano não compra o real, mas sim a transcendência
que determinado artefato representa.[9]
Na sociedade atual diversos seriam os exemplos, mais um tipo de produto que desde outros tempos,tem um alto teor de fetichismo são as pedras preciosas; Podemos citar o diamante como sendo o exemplo mais conhecido e contundente, e como diria Marx "Enquanto valor-de-uso, nada de misterioso existe nela, quer satisfaça pelas suas propriedades as necessidades
do homem "
Referências Bibliográficas
[1]MARX, Karl. O
Capital - Volume I. São Paulo: Nova Cultural, 1985 (Capítulo I
- A Mercadoria). p 165-166
[2]QUINTANEIRO, Tania. Um toque de clássicos : Marx, Durkheim e Weber. 2.ed. ver. amp. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p 43-44
[3] [http://www.espacoacademico.com.br/038/38tc_callinicos.htm] Acessado em 30 de março de 2012
[4] [https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxwcm9mZXNzb3JjbGF1ZGlvcGVudGVhZG91ZmFiY3xneDo3M2I2NTYzYTMzNTk4ZmE4] Acessado em 30 de março de 2012
[5] [http://www.rascunhodigital.faced.ufba.br/ver.php?idtexto=719] Acessado em 30 de março de 2012
[6] [http://dicasomeublog.wordpress.com/economia/valor-de-uso-valor-de-troca/] Acessado em 30 de março de 2012
[7] [http://www.infoescola.com/filosofia/o-fetichismo-da-mercadoria-na-obra-de-karl-marx/] Acessado em 30 de março de 2012
[8] [http://marxengels.wordpress.com/fetichismo-da-mercadoria/] Acessado em 30 de março de 2012
[9] [http://www.infoescola.com/filosofia/o-fetichismo-da-mercadoria-na-obra-de-karl-marx/] Acessado em 01 de abril de 2012
[10] [http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/vol1cap01.htm#c1s4]
Acessado em 01 de abril de 2012
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